Jovem abandonada pelo pai é curada da rejeição: "Deus preencheu todas as lacunas"
Aos 10 anos de idade, Teiko Obuobi, da Holanda, viu seu pai abandonar ela, os irmãos e a mãe. Desde que ele saiu de casa, Teiko nunca mais o viu, ...
Aos 10 anos de idade, Teiko Obuobi, da Holanda, viu seu pai abandonar ela, os irmãos e a mãe. Desde que ele saiu de casa, Teiko nunca mais o viu, segundo o Revive.
Mesmo crescendo em um lar cristão, ela experimentou a dor de uma família destruída.
“Meus pais são de Gana, então eu cresci com duas culturas diferentes. O ganense e o holandês. Desde que me lembro de minha mãe, ela era fervorosa pelo Senhor. Meu pai também acreditava, mas não era ativo nisso. Pode ser que essa diferença de fé tenha sido uma das razões pelas quais meu pai foi embora. Eu não sei, ele nunca me disse”, contou Teiko, em entrevista ao Revive.
“O que eu sei é que depois que meu pai nos deixou, tudo mudou. Fiquei traumatizado, junto com minha mãe, irmão e irmã. E cada um de nós lidou com isso à sua maneira. Como resultado, não falamos sobre o que a situação estava fazendo conosco e como proceder. Devido a mal-entendidos, muitas vezes surgiram discussões e as emoções acumuladas explodiram”, observou.
A menina cresceu se sentindo rejeitada pelo pai. “Eu não conseguia entender como um pai poderia virar as costas para sua família e deixar de lado sua responsabilidade como pai. Naquela época, senti a rejeição com muita força. Que meu pai não nos queria e por isso foi embora. Isso me fez esconder meus sentimentos. Porque não havia respostas”, lembrou ela.
“Você tem que deixar o passado para trás”
Teiko acabou criando mecanismos de defesa não saudáveis para lidar com a dor do abandono.
“Para mim, não havia espaço para sentimentos negativos. Eu mascarei e encobri tudo o que era negativo. Se você experimenta um trauma em sua infância, muitas vezes o carrega com você inconscientemente. Você desenvolve maneiras de sobreviver”, explicou ela.
A jovem e sua família continuaram frequentando a igreja e encontrando força no Senhor. Até que, durante um retiro de verão de jovens, Teiko foi tocada poderosamente por Deus e seu processo de cura emocional começou.
No momento do louvor, Teiko sofreu uma crise mental ao ouvir a canção “Bom, bom pai”. “Todas as emoções vieram à tona. Então eu soube: tenho que deixar de lado a partida do meu pai. Se eu ficar com isso, isso só vai me incomodar”, relatou.
Nesse momento, ela sentiu Deus dizendo em seu coração: “Você tem que deixar o passado para trás. Só então a recuperação será possível”.
Liberando perdão
Logo depois, Teiko foi guiada pelo Senhor para liberar perdão ao seu pai. “Deus me direcionou para o versículo que diz que Eles não pode nos perdoar se não perdoarmos primeiro. Decidi perdoar meu pai”, comentou.
Perdoar foi um processo para a filha magoada. “Às vezes eu pensava: eu consegui! Mas um pouco mais tarde hesitei, porque senti raiva e amargura novamente. Leva tempo, mas é o único caminho certo”, garantiu ela.
“Ao perdoar, você escolhe liberar em seu coração aquele que o feriu. Dessa forma, essa pessoa não influencia mais o seu dia a dia de forma negativa. Isso me faz sentir muito mais livre!", acrescentou.
Teiko encontrou no amor paterno de Deus a cura para seus traumas de infância. Hoje, aos 25 anos, ela congrega na igreja Hillsong Amsterdam e estuda Desenvolvimento Comunitário.
Ajuda da igreja
Segundo ela, a igreja e outros cristãos foram importantes na superação de seu trauma familiar.
“Posso ver como Deus sempre cuidou de mim. Por causa das famílias que se reuniram ao nosso redor quando as coisas estavam difíceis. Através dos acampamentos de verão, dias da juventude e sermões valiosos que ouvi. Adorando a Deus, o conhecendo como aquele Pai amoroso que nunca me abandona", afirmou.
A jovem está incentivando outras pessoas a buscarem cura para suas dores emocionais em Jesus.
“É importante que peçamos a Deus que examine nossos corações. Para nos revelar os padrões prejudiciais que passamos a dar como certos. Se você pedir a Ele, Ele o ajudará. Ele vai passar por isso com você e libertá-lo. Eu sou a prova viva disso. Que não ter um pai não precisa ser o destino. Que seu passado não determina seu futuro”, destacou.
E testemunhou: “Deus preencheu todas as lacunas e não me falta nada. Minha história é de esperança: todas as coisas são possíveis para o Senhor!".